© Copyright Cláudia Félix Rodrigues

28/06/12

TEREI AS MEIAS ROTAS?

Em Janeiro, numa viagem de trabalho a Angola (no meu antigo trabalho) , enquanto aguardava por uma reunião deparei-me, num quadro de uma grande empresa angolana, com um poema lindíssimo que originou um movimento em mim de despertar.

Caminhos 

Caminhos floreados
Caminhos forjados
Caminhos vastos e medonhos
Caminhos estreitos e belos
Caminhos verdes de esperança
Por onde andei com sapatos a brilhar
Esqueci-me que as meias estavam rotas
Corri saltando barreiras
Sem aperceber-me do sono profundo
Em que me encontrava
O fim da fila talvez seria
A minha meta
Porém
Há sempre caminhos
Lindos por trilhar


Kabudi Ely - Artista Plástico*

Quando li este poema, percebi que percorria um caminho saltando barreiras, já nem aparentemente feliz, e que por dentro a minha alma estava ferida. Os meus sapatos (com saltos de 10 cm) brilhavam, mas escondiam as meias rotas, uma alma ferida a esvair-se. 
Curiosamente, 6 anos antes, outra revelação de estar no caminho errado, e que mudaria a minha vida, tinha aparecido num sonho, também com uma metáfora de sapatos e meias velhas.

Quantos de nós não andam por aí de sapatos a brilhar por fora, mas de meia rota, num sono profundo? Ignorando os sinais que a vida vai dando, ignorando as diversas formas da alma ferida se exprimir?

Eu mudei de caminho. Para um que me faz feliz, que me torna mais leve, mais comprometida com a Vida.
E mudar de caminho pode não ser radical, pode ser só mudar aquilo que nos fere ou aceitar uma parte de nós e da nossa Vida.
Porque não?


Cláudia Félix Rodrigues

* Publicado com autorização do autor.

06/06/12

CAMINHANDO


O nome "Mil Caminhos" simboliza a minha profunda convicção de que cada pessoa deve escolher o seu próprio caminho para o que pretende ser. Cada caminho é bom para quem o caminha.


Acredito que a cura está dentro de cada um e que a minha intervenção tem que respeitar a pessoa com quem trabalho e a sua capacidade para se auto-transformar.
Só tem força e possibilidade de se consolidar uma intervenção que mantenha a sua autonomia e motive a continuação do seu desenvolvimento com total independência e auto-responsabilização. 

Acredito que cada um é responsável pelo seu desenvolvimento pessoal, pela construção do mundo com que sonha. E também pela acção para o concretizar. Porque sem acção, os nossos sonhos não passam de auto-ilusões.

Neste tempo de desafios, a chave é sonhar e agir, viver o nosso sonho.

Sem desculpas ou refúgios ou desresponsabilização. Cada um pode contribuir para um mundo melhor, aperfeiçoando o seu interior.

O meu trabalho visa fortalecer a ligação de cada pessoa ao seu Deus Interno, à sua Sabedoria Divina, colocando-me ao serviço para ajudar a Alma a manifestar-se e a trazer à consciência a sua missão.