"O que é certo é que nasceste. Abriste os olhos para uma claridade estranha, que te cegou por instantes, fazendo brotar no teu íntimo uma vontade igualmente estranha de existires. Um espanto. Uma visão que se dispersa pelo espaço e entra pelos teus olhos adentro e se instala no teu coração.
Como se viver fosse apenas a alegria incontida de ser qualquer coisa.
E só depois vem a descoberta de que algo existe fora de ti. O mundo, primeiro, e depois os vultos e as cores. Só então as cores começam a ter cheiros e vozes.
Dão-te, de seguida, um nome, um retrato, um sítio para morares, um lugar de exílio permanente que, com o tempo, poderás chegar a confundir com a tua própria vida.
Mas a tua vida não tem de ser o eco da voz que deixaste cair no mais absurdo esquecimento.
Existe um sentido. Existe uma morada para habitares.
Mas é em teu coração e tens de procurá-la. De construí-la.
Olhai como os pardais voam pelas tardes: sem exigências nem vaidades cumprem as suas vidas.
Homem ou mulher algum podem comparar-se-lhe em toda a sua vida: nem dinheiro, nem prestígio, nem poder se podem comparar à plenitude de uma existência feita com o coração."
Homem ou mulher algum podem comparar-se-lhe em toda a sua vida: nem dinheiro, nem prestígio, nem poder se podem comparar à plenitude de uma existência feita com o coração."
8 comentários:
melhor não diria.E tem um eco na alma k faz bem. Como estás por Barcelona? Bj grande e bom f.s ;)
o excerto é lindíssimo e só me resta agradecer-te por partilhares.
beijinhos**
Adorei ler... Pensei que viesse aqui e não visse nada novo, mas afinal postaste não sei como! :p E ainda bem! Adoro visitar-te. Beijocas!
Lindo!
Tmara, este livro é lindíssimo.Em cada capitulo me revejo. Um grande beijinho (já de Portugal).
Borbolleta, então lê o livro. É fantástico. Beijinho de Luz
Snowshoe, nem eu sei como consegui postar ;-). É sempre bom receber-te :-) Beijinho de Luz
Reporter, calculei que gostasses :-) Beijo enorme.
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